terça-feira, 13 de novembro de 2012

Saudade II

Foto by Me

Quis o mundo que o momento fosse assim.
De Saudade.
De Angustia, incompreensível é certo.
De Vontade.
De Querer.
De Querer muito e muito mais do que a razão aconselha.

Indefinido.
Constrangido.

São assim os rasgos do coração
as incertezas de amanhã
as duvidas da ilusão
as crenças de uma luz vã.

Rimas incertas
palavras repetidas lançadas mar
disparadas que nem setas
prontas para qualquer esperança matar.

Não sou eu que escrevo.
És antes tu. Saudade.
Puta de palavra que nos custa repetir
que nos faz sofrer em silencio eterno
reprimida vontade de soluçar,
movimento impulsivo, repentino e violento.

Se tu soubesses como doí.
Não te preocupes.
Não sou eu que escrevo,
és tu Saudade.

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