Tão pouco sei se quero adormecer.
Rodeiam-me as trevas flamejantes,
os olhares indiscretos,
as palavras malignas,
as frases por dizer,
o odor da morte,
o desejo do infinito.
Porque há dias que sofrem metamorfoses inexplicáveis.
Mas sentimo-las e isso doí.
Mais que a dor é aguentar a razão do inexplicável.
E não falo de nada nem ninguém em concreto mas de todos em particular.
Vivemos num mundo sujo e repleto de doenças incuráveis.
Pior ainda,
pessoas pseudo inteligentes e intelectuais,
sofredoras de um constrangimento recalcado e que a todo o custo não querem lembrar.
Hoje, mais do que nunca,
agora é o momento de renascer e acreditar,
de fazer acontecer,
de nos apaixonarmos,
de abraçar,
querer,
beijar,
desejar,
sentir um arrepio na pele.
Mais do que hoje,
ontem ou amanhã,
agora é o momento certo.
Não procuro protagonismo.
Não.
De todo.
No entanto não sei se quero adormecer.
Honestamente não sei.
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