domingo, 9 de fevereiro de 2014

Promessas

Aconchego-me no banco
pintado de branco
como a pele do teu corpo.
O dia, salpicado de um azul celeste,
estende-se para lá do monte,
aquele lá bem ao fundo
muito além do que os nossos olhos alcançam.

Chego a casa
encontro-te ao piano,
sussurras-me ao ouvido
com as mãos a dedilharem
as teclas
que não existem.

Encontro uma lágrima tua
escondida no bolso
do teu casaco preferido.
Estava esquecido
no armário que nunca mais
tive coragem para abrir.
Lembra-me de ti.
Lembra-me dos teus olhos
da cor que eu
fiz questão de esquecer.
Não digo.

Grafitado, ao fundo da minha rua
ontem nossa
estão as palavras
que juramos ser eternas
fieis
promessas inabalaveis,
sexo sedento de amor...

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