sábado, 6 de julho de 2013

dezassete

"Carrego o peso da angústia, de uma fome que não se alimenta ou sede que se sacie. Não entendo a postura do meu corpo, da minha mente, do meu coração. Questiono a razão do inquestionável. Não entendo as notas soltas que soam ao meu ouvido. Procuro-me num mundo perdido, num labirinto sem solução. Cravo as mãos no teu peito e tento sugar-te a vida que me consome. Fode-me o silêncio de palavras que nunca dizemos, o ruído da luz do teu candeeiro. Sim esse sobre a mesa de cabeceira. Não é minha nem tua a cama onde nos deitamos. Incomoda-me a luz das sombras. Incomoda-me este vazio cheio de silêncio. .. tantas foram as vezes que o tempo me disse que estava errado. Vezes de mais. Agora, não quero saber."

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