quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Tens um dom imperdoável.
Sonho com isso pela manhã,
quando o sol raia
Sobre o véu despido do teu corpo.
Lavam-se os corpos,
purificam-se as almas,
sentidos despertos,
olhos plantados no altar onde ontem sorriste.
Hoje, hoje é outro dia
e o amanhã não tarda.
A dor prolonga-se na noite vazia,
ecos surdos,
lágrimas secas
e a dor continua.

Já me perdi no tempo
e tempo é coisa que não tenho.
O meu relógio não tem horas,
espaços temporais
E infinitos.
E eu?
Eu nem a ti te tenho.
Porquê?
O negro da noite dá lugar ao mais belo nascer do sol.
E nós,
nós em que ficamos?

Sem comentários: